Dava medo mesmo de pensar o que poderia acontecer com o
esporte no futuro e se ainda era possível ir além do fundo do poço. E fomos!
Patrocínio de cia aérea à CBB e os atletas de mais de 2 metros de
altura “voando” em ônibus entre SP e Goiás, manobras dos dirigentes para abafar
a 1ª tentativa de emplacar uma liga, “vontade zero” de formar a base, péssimas performances
em Mundiais da FIBA, entre outras excelentes iniciativas.
Chegamos a ter bem menos atletas cadastrados/filiados do que a
Federação de Basquete da França, um país quase do tamanho da Bahia, como já escrevi
outras vezes.
Aceitar (finalmente) uma liga, me pareceu mais como a
Anistia Ampla e Irrestrita de 1979, que emplacou somente quando ela passou a interessar
mais aos militares do que aos “subversivos”, do que uma iniciativa pelo bem do
basquete. E é claro que foi assim que a antiga gestão tentou propagandear! Bem ao
estilo da maioria dos políticos do Brasil, a casa estava caindo e os dirigentes
fingindo que nada tava acontecendo!
Esse pesadelo terminou. Acho que ainda estamos anos-luz do ideal,
mas a final do NBB nesse último sábado em Mogi das Cruzes/SP, mostrou uma visível
melhora, em todos os aspectos. TV aberta depois de muitos anos, mais de 4000
pagantes, muitas crianças e muita imprensa.
Para quem já teve até campeonato nacional indo parar na
justiça, sem jogo final, nem campeão, acho que podemos (atletas, torcedores
e profissionais) respirar aliviados e esperar por Londres!
Ilustração: Anderson Goes