segunda-feira, 4 de junho de 2012

O Basquete, o NBB e a Anistia Ampla e Irrestrita!


Anos atrás, quando comecei a operar eventos e patrocínio para o basquete, muitos me chamavam de louco, afinal, à época, início da década passada, o esporte estava “na lona”, nocauteado pelo excesso de política com o esporte no lugar das políticas para o esporte, como costumo dizer.
Dava medo mesmo de pensar o que poderia acontecer com o esporte no futuro e se ainda era possível ir além do fundo do poço. E fomos!
Patrocínio de cia aérea à CBB e os atletas de mais de 2 metros de altura “voando” em ônibus entre SP e Goiás, manobras dos dirigentes para abafar a 1ª tentativa de emplacar uma liga, “vontade zero” de formar a base, péssimas performances em Mundiais da FIBA, entre outras excelentes iniciativas.
Chegamos a ter bem menos atletas cadastrados/filiados do que a Federação de Basquete da França, um país quase do tamanho da Bahia, como já escrevi outras vezes.
Aceitar (finalmente) uma liga, me pareceu mais como a Anistia Ampla e Irrestrita de 1979, que emplacou somente quando ela passou a interessar mais aos militares do que aos “subversivos”, do que uma iniciativa pelo bem do basquete. E é claro que foi assim que a antiga gestão tentou propagandear! Bem ao estilo da maioria dos políticos do Brasil, a casa estava caindo e os dirigentes fingindo que nada tava acontecendo!
Esse pesadelo terminou. Acho que ainda estamos anos-luz do ideal, mas a final do NBB nesse último sábado em Mogi das Cruzes/SP, mostrou uma visível melhora, em todos os aspectos. TV aberta depois de muitos anos, mais de 4000 pagantes, muitas crianças e muita imprensa.
Para quem já teve até campeonato nacional indo parar na justiça, sem jogo final, nem campeão, acho que podemos (atletas, torcedores e profissionais) respirar aliviados e esperar por Londres!

Ilustração: Anderson Goes