sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Patrocínio: Acordos (e resultados) em longo prazo.




Nosso mercado precisa aprender que os acordos de patrocínio são investimentos normalmente altos e com retorno em longo prazo.

No processo de tomada de decisão sobre comprar patrocínio é prudente e importante o gestor ter em mente que não se trata de algo pontual, tampouco que trará resultados no curto prazo, exceto em alguns casos específicos de eventos. O ideal é que durem não meses, mas anos (e muitos).

Patrocínios, em especial, os esportivos, criam associações da marca com atributos como paixão, energia, virilidade, performance e se a marca tiver paciência, a curva positiva das vendas e da percepção de marca virá.

É muito comum percebermos acordos que não duram mais do que 01 ou 02 anos. Existem ainda as tais “ações de oportunidade” onde uma marca aparece no uniforme de um clube (normalmente no futebol) por apenas uma noite!! Tudo em nome da tal exposição de mídia. Não funciona, acreditem. Institucionalmente na cabeça do consumidor, pelo menos, não. Em vendas talvez funcionasse se fosse uma ação realmente de varejo.

Historicamente os patrocínios mais eficientes, sejam os de clubes, competições, arenas ou atletas, são os que duram muito tempo. Os exemplos de “marcas pacientes” são inúmeros: Allianz, Heineken, Staples, Coca-Cola ou mesmos os antigos (e agora banidos) Camel, Free ou Marlboro.

Lamentavelmente isso contamina também a gestão dos clubes que cansam de descartar treinadores depois da 1ª sequência negativa de resultados, mesmo que o contrato ainda esteja vigente.

Jerry Sloan (aqui em foto da Slam nº 158) foi técnico do Utah Jazz por longos 23 anos e 1.673 partidas. Nunca ganhou um título com a equipe na NBA. Para se ter uma ideia, faltavam ainda 03 meses para Blake Griffin (@blakegriffin), atual “revelação” da liga, nascer quando ele assumiu o time.

Ele colecionou vitórias e recordes e é considerado um dos melhores (se não o melhor) técnico de todos os tempos, tendo comandado ninguém menos do que John Stockton e Karl Malone.