quarta-feira, 20 de novembro de 2013

BASQUETE: UM PASSO PARA FRENTE, DOIS PARA TRÁS?


Uma nota curta sobre a inusitada situação de o E.C. Pinheiros ter que jogar duas vezes no mesmo dia pelo Campeonato Paulista de Basquete e pelo NBB na semana passada.
Isso, quando comparado ao planejamento antecipado na NBA e da Euroleague, chega a ser constrangedor para nós brasileiros.
Se você contar lá fora, ninguém acredita.
Aqui no Brasil, também não.

Boas notícias misturadas com péssimas notícias tem sido mesmo a tônica dos últimos anos da modalidade no Brasil.
Se por um lado temos um jogo da NBA no Rio, um jogo do Olympiacos em Barueri (contra o mesmo Pinheiros) e o Leandrinho de volta, temos times do NBB sem ginásio, ginásios antigos e sem conforto para jogadores e público e um calendário que é uma piada.


Outra boa: a estrutura para a Olimpíada de Tóquio em 2020 está quase pronta.


terça-feira, 30 de julho de 2013

A Copa das Confederações 2013 e o Anti-Marketing


Passados 30 dias do final da Copa das Confederações, boa parte dos learnings seguem como heranças muito positivas para mim.
No entanto, algo tem perturbado o lado marketing esportivo da minha cuca corporativa.
O patrocínio traz os mesmos benefícios a uma marca quando o evento acontece em países repletos de problemas sociais e uma lista de prioridades enorme? Ou ele é mais eficiente em países onde já não existe tensão social (ou ela é quase nula) e não existem mudanças importantes a acontecer?
Como fica a relação das marcas com os consumidores inconformados com um evento milionário em um país carente?
Ver as lojas da Hyundai destruídas em Belo Horizonte, apenas para dar um exemplo, me colocou a pensar se no caso do Brasil, as marcas patrocinadoras da FIFA despertaram mais ira do que admiração nos consumidores.
Mesmo sabendo que destruir lojas é uma atitude isolada de grupos de vândalos, minha dúvida é o que acontece com o awareness de marcas como Coca Cola, Hyundai, Sony, Castrol, Oi, entre outras, dentro da cabeça do cidadão-consumidor brasileiro?
Podem as mesmas serem julgadas como co-responsáveis por um evento que não é (ou não deveria ser) prioridade em um país como o Brasil? Ou elas são "inocentadas" por todos e colocadas no mesmo patamar das não-patrocinadoras?

A Copa de Todo Mundo?!
Food for thoughts...

Nota: a mídia da Wurth nas mangas do uniforme do árbitro durante a final da Copa Libertadores 2013 é um excelente exemplo de "como não fazer". Foi uma das piores coisas que já vi. Se aquela "exposição de marca" (desproporcional e "amassada") é suficiente e agrada, boa sorte!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Atentado em Boston: um alerta para o Brasil da Copa!



Esse episódio contra civis em Boston revolta a todos, mas fere de forma diferente e adicional os praticantes de esporte e quem está nos bastidores dos eventos esportivos.
Apesar de, infelizmente, não ser uma novidade (vide Munique e Atlanta), atentados contra a vida em eventos esportivos é algo que nos coloca a pensar.
Apesar de estarem mais preocupados em não perder cargos e poder sob a ameaça de denúncias e histórico negativo, os dirigentes e membros dos tais comitês, deveriam enxergar tal episódio como um alerta para cidades-palco de eventos esportivos, ou cidades-sede para usar um termo atualmente muito usado por nós brasileiros.
E redobrar a atenção em algo que realmente importa.
Tenho visitado as cidades-sede da Copa das Confederações (50% da Copa do Mundo) e não vejo nenhuma preocupação com a segurança.
Outro exemplo: Na minha lista de jobs esportivos realizados, no fim do ano passado, operei com minha equipe a ativação em formato de Hospitality Program (leia-se Area VIP e tudo relacionado a ela) para um patrocinador oficial do GP Brasil de F1.
Um dia antes de tudo começar, uma quinta feira, fui a Interlagos para uma checagem final e, sem nenhuma credencial ou identificação, e também sem tentar burlar nada, passei por 02  portões com 02 seguranças cada que me liberaram apenas ao ouvir minha explicação que “trabalho para a marca X e preciso checar a área VIP”.
Avançamos, de carro, ate o acesso ao Paddock, passamos por todo o box, e alcançamos 03 espaços que receberiam, a partir do dia seguinte, uma média de 1000 pessoas, divididos entre 03 espaços conectados.
Detalhe: comigo estavam mais 02 pessoas da minha equipe, os 03 com mochilas, mais um carro....
A instalação de um artefato para acionamento à distância 01, 02 ou 03 dias depois, seria algo simples de ser aplicado por um especialista.

O Brasil, pelo seu histórico pacifista, pode não ser alvo, mas pode ser palco de um atentado de grandes proporções e isso pode ser evitado com a tomada das devidas e antecipadas providências.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A Fórmula 1 à espera do basquete brasileiro!



Recentemente trabalhando para um patrocinador da Formula 1 durante o GP Brasil ouvi que Interlagos está obsoleto, considerando a idade do autódromo e as pouquíssimas atualizações feitas ao longo dos anos de administração pública do mesmo.
A reclamação é sempre a mesma: boxes pequenos, asfalto com ondulações, acesso cada vez mais complicado, segurança e etc.
O que me surpreendeu, para um amante, porém nada especialista, da velocidade, foi o sério comentário de que Interlagos está também tecnicamente ultrapassado. Apesar de ser clássico e nostálgico, ele atualmente destoa das demais pistas do circuito mundial, repletos principalmente de curvas de alta velocidade, além de muita modernidade e tecnologia fora da pista.
Isso causará, ou já está causando, um problema para o futuro da categoria aqui no Brasil: a falta de talentos preparados para disputar, de forma competitiva, o circuito da F1.
Interlagos é o berço e a escola de nossos pilotos desde o tempo do Emerson, do Senna, do Carol e do "Moco", que dá nome ao autódromo.
O problema é que nosso berço está perdendo a capacidade de atender, ou preparar, de forma adequada, novos talentos aptos a se lançarem na categoria e serem competitivos. 
Como, apesar de Goiânia e do falecido Jacarepaguá, e mais uma vez por incompetência e pelo modelo errado de administração pública dos palcos do nosso esporte profissional (campos, ginásios e pistas), praticamente não existe outro circuito de nível no Brasil, existe uma ameaça enorme de que a atual "maré baixa" que a categoria vive no Brasil, com ausência de títulos e novos ídolos, se prolongue por mais tempo, fazendo com que a F1 deixe de ser "o 2º esporte do país", como uma certa emissora gosta de dizer.
Uma pena. O automobilismo também está carente de investimentos na base, como aliás, todo o esporte brasileiro...

Aliás, falando "nela", aí vai a explicação do título desse post, que serve como provocação às mentes dos leitores desse blog.
O espaço do basquete na TV está aumentando, apesar da CBB, na minha visão, estar fazendo bem menos do que deveria em todos os aspectos.
Isso é mérito da Liga, do Kouros, dos times e de mais um monte de gente séria, além da disposição da Rede Globo - justiça seja feita.
Considerando um Brasil, o país das concessões públicas de Rádio e TV, onde não se tem grade de programação disponível, gosto muito de pensar que o espaço que o basquete está conquistando (final do NBB ao vivo na TV aberta em 2012 e agora jogos ao vivo rigorosamente todo sábado às 16hs no SPORTV, são exemplos claros) pode ser um test-drive da emissora para que o basquete possa, em pouco tempo, substituir o espaço do vôlei, que "pertencia" ao basquete 25 anos atrás, ou mesmo da famosa e glamourosa Fórmula 1!

Food for thought...


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Patrocínio: Acordos (e resultados) em longo prazo.




Nosso mercado precisa aprender que os acordos de patrocínio são investimentos normalmente altos e com retorno em longo prazo.

No processo de tomada de decisão sobre comprar patrocínio é prudente e importante o gestor ter em mente que não se trata de algo pontual, tampouco que trará resultados no curto prazo, exceto em alguns casos específicos de eventos. O ideal é que durem não meses, mas anos (e muitos).

Patrocínios, em especial, os esportivos, criam associações da marca com atributos como paixão, energia, virilidade, performance e se a marca tiver paciência, a curva positiva das vendas e da percepção de marca virá.

É muito comum percebermos acordos que não duram mais do que 01 ou 02 anos. Existem ainda as tais “ações de oportunidade” onde uma marca aparece no uniforme de um clube (normalmente no futebol) por apenas uma noite!! Tudo em nome da tal exposição de mídia. Não funciona, acreditem. Institucionalmente na cabeça do consumidor, pelo menos, não. Em vendas talvez funcionasse se fosse uma ação realmente de varejo.

Historicamente os patrocínios mais eficientes, sejam os de clubes, competições, arenas ou atletas, são os que duram muito tempo. Os exemplos de “marcas pacientes” são inúmeros: Allianz, Heineken, Staples, Coca-Cola ou mesmos os antigos (e agora banidos) Camel, Free ou Marlboro.

Lamentavelmente isso contamina também a gestão dos clubes que cansam de descartar treinadores depois da 1ª sequência negativa de resultados, mesmo que o contrato ainda esteja vigente.

Jerry Sloan (aqui em foto da Slam nº 158) foi técnico do Utah Jazz por longos 23 anos e 1.673 partidas. Nunca ganhou um título com a equipe na NBA. Para se ter uma ideia, faltavam ainda 03 meses para Blake Griffin (@blakegriffin), atual “revelação” da liga, nascer quando ele assumiu o time.

Ele colecionou vitórias e recordes e é considerado um dos melhores (se não o melhor) técnico de todos os tempos, tendo comandado ninguém menos do que John Stockton e Karl Malone.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

D-Wade e Li-Ning






Corre no mercado internacional que Dwyane Wade vai mesmo deixar a marca Jordan para assinar com a Li-Ning.
A marca chinesa que, entre outras iniciativas agressivas (e também em outros esportes além do basquete), já trabalha com a seleção espanhola de basquete, com Baron Davis, Evan Turner, certamente busca ampliar a sua percepção (positiva) em mercados fortes, em especial, nos EUA.
Um atleta como Wade usando um Li-Ning certamente dará credibilidade aos seus produtos e pavimentará o caminho para um crescimento de share.
Se forem rápidos, terão a oportunidade de anunciar esse "casamento" num palco igualmente estratégico, ou seja, na própria China, durante os 02 jogos de exibição da NBA que os Heats farão contra os Clippers em outubro!

Fonte: Sneakerwatch e BrandChannel

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

No Brasil, nem uma linha para o rugby. Nem 1ª, nem 2ª linha!


"O Rugby brasileiro assombra o mundo!!", como diria a famosa campanha finalista em Cannes.
Se ainda não assombramos com a performance, assombramos e de forma vergonhosa com a cobertura que o esporte recebe pela maior parte da mídia.
Em plena esteira para a Rio 2016, os maiores jornais do Brasil, e boa parte dos grandes veículos, seguem a ignorar de forma inexplicável o rugby brasileiro e também o rugby para brasileiros.
Um esporte que cresce sim no país pelas mãos de heróis apaixonados, muitas vezes voluntários (reforçando um dos valores mais importantes desse esporte, a União), e pela gestão responsável da confederação, que além da administração propriamente dita, e em meio a todas as dificuldades, trabalha forte na área técnica e também não arrefece a busca de patrocínios para pagar uma conta enorme que envolve capacitação e desenvolvimento, categorias de base e alto rendimento.
Tudo isso para fazer o esporte crescer, ganhar adeptos e praticantes e para também podermos chegar ao Rio num bom nível.
No entanto, a mídia não ajuda em nada.
Dez dias atrás, estreou o "The Rugby Championship", uma nova versão do antigo e poderoso "Tri-Nations" que reunia até o ano passado 03 potências mundiais do rugby (África do Sul, Nova Zelândia e Austrália - nações que venceram 6 de 7 edições de Copa do Mundo, salvo meu engano), e agora traz a Argentina, uma adição importantíssima para o crescimento do esporte na América do Sul.
Os jogos, apesar de serem, sobretudo, um grande espetáculo esportivo, passam ao largo das linhas dos jornais.
Eles trazem, além do futebol, Formula Truck, NASCAR Truck, F1, vôlei, basquete, entre outros.  E não vale justificar que o Brasil não está presente porque também tem motociclismo, golfe, etc. onde também não temos (quando temos) "aquela" presença...
Com todo respeito a todos os esportes citados, seus praticantes e fãs, é ridículo que a imprensa esportiva brasileira, salvo as exceções, em sua maioria especializadas, ignore o Rugby (e tantas outras modalidades, olímpicas ou não) e as iniciativas do IRB (International Rugby Board).
Justiça seja feita à ESPN que além dos primeiros Sul-Americanos, atualmente exibe para brasileiros Copas do Mundo, Heineken Cups, Six-Nations e, felizmente, o torneio citado aqui.
Com uma boa assessoria de imprensa, um monte de seguidores e fãs e os bons patrocinadores que o Rugby tem, é inaceitável (e injusto) que isso aconteça.
Acorda, Brasil!